Amanhã é Dia do Trabalho
E talvez seja hora de repensar o que isso significa.
Trabalhar virou sinônimo de aguentar.
De ir além do corpo.
De entregar mesmo sem condição.
De sorrir no Zoom enquanto desaba por dentro.
E o que era pra ser construção,
virou resistência.
Virou sobrevivência.
Produzir. Bater meta.
Responder. Correr. Acelerar.
Postergar a vida.
Celebrar o cansaço.
Como se produtividade fosse sacrifício.
Como se só fosse válido quando dói.
Mas amanhã é Dia do Trabalho.
E talvez a data sirva menos pra comemorar,
e mais pra lembrar.
Trabalhar não é se destruir no processo.
É crescer dentro dele.
E pra isso, não basta força de vontade.
É preciso estrutura.
É preciso cultura.
Uma empresa só é saudável quando entende que cultura não é café na recepção.
Cultura é o espaço simbólico onde as pessoas se sentem seguras pra contribuir.
É o ambiente que convida, que escuta, que distribui responsabilidade com inteligência.
Cultura não é o que a empresa diz sobre si —
é o que as pessoas sentem quando estão dentro.
Onde não há cultura, há medo.
Onde não há confiança, há exaustão.
Onde não há estratégia, há urgência disfarçada de engajamento.
Trabalhar com propósito não é um discurso bonito de liderança.
É permitir que cada pessoa, dentro do time, possa entregar o melhor de si
sem se perder no caminho.
Com estratégia.
Com clareza.
Com inteligência emocional.
Com metas que desafiem, sem destruir.
O trabalho do futuro não é sobre produzir mais.
É sobre produzir com presença.
Com ritmo sustentável.
Com espaço pra errar, pra testar, pra crescer.
Amanhã é Dia do Trabalho.
Mas quem quer construir futuro,
precisa mudar a forma como trabalha hoje.