A venda que passa rápido

Tem venda que some rápido.
Você nem sente o cheiro depois que passa.
Foi conversão, mas não foi presença.
Foi clique, não foi chão.
Ela chegou pelo criativo, mas nunca abriu a porta da sala.

A permanência silenciosa

Enquanto isso, outras permanecem.
Sem anúncio.
Sem desconto.
Sem sequência de e-mails.

Entram devagar.
Olham em volta.
Vão ficando.
E, de repente, estão ajudando a arrumar a casa.

A diferença entre campanha e cultura

A comunidade não cresce como uma campanha.
Ela se espalha como mofo bom em parede quente.
Como raiz fina que atravessa concreto.
Como café que impregna armário.
Como quem chega e muda a atmosfera sem pedir licença.

O LTV que o mercado não entende

O mercado gosta de LTV como quem fala de um animal exótico.
Venerado, mas sempre distante.
Fala bonito, mas não sabe criar habitat pra ele viver.

E aí investe tudo em atrair
e quase nada em fazer ficar.

O cliente não é mosquito

Só que o cliente não é mosquito.
É árvore.
E se você só constrói armadilhas,
nunca vai ter sombra.

O vínculo que sustenta

LTV alto é efeito colateral de espaço bem cuidado.
De conversa sem pitch.
De repetição que não enjoa.
De cultura que escorre pelas bordas,
feito tempero que pega na mão, na roupa, no dente da conversa.

Quando o cliente continua

Porque uma vez dentro da comunidade,
dentro mesmo,
o cliente já não precisa comprar.
Ele só continua.

E o continuar é mais valioso que o fechar.
Mais silencioso.
Mais orgânico.
Mais inevitável.

O LTV que acumula

O LTV não explode.
Ele acumula.
Na mesma lentidão que forma um tronco.
Na mesma densidade que faz o solo valer mais do que o topo da árvore.

O tempo que realmente importa

Esse é o valor ao longo do tempo.
Não o tempo de permanência do cliente.

Mas o tempo que a sua marca passou merecendo a permanência dele.